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Trump diz que EUA e Europa vão coordenar garantias de segurança para Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta quinta-feira (21) que pode apoiar que a Ucrânia faça mais ofensivas na Rússia.
Em uma publicação em sua rede social Truth Social, Trump afirmou achar ser "muito difícil, se não impossível, vencer uma guerra sem atacar o inimigo".
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"É muito difícil, senão impossível, vencer uma guerra sem atacar um país invasor.
É como um grande time no esporte que tem uma defesa fantástica, mas não pode jogar no ataque.
Não há chance de vitória! É assim com a Ucrânia e a Rússia", escreveu. A publicação ocorre horas após um novo ataque massivo russo em solo ucraniano com mais de 600 drones e mísseis que deixou dezenas de feridos, e também após o chanceler russo ter esfriado a possibilidade de um encontro cara a cara entre Putin e Zelensky num futuro próximo.
Há menos de uma semana, Trump se encontrou com o líder russo no Alasca, em que o aplaudiu e trocou elogios. Na publicação desta quinta-feira, Trump voltou a criticar o ex-presidente dos EUA Joe Biden, que ele acusou de demorar para liberar armamentos de ataque.
E sugeriu que pode aumentar o envio de mísseis de longo alcance, necessários caso Kiev queira atacar o território russo: "tempos interessantes pela frente!!!". "O corrupto e grosseiramente incompetente Joe Biden não deixaria a Ucrânia REVIVER, apenas SE DEFENDER.
Como isso funcionou? De qualquer forma, esta é uma guerra que NUNCA teria acontecido se eu fosse presidente - CHANCE ZERO.
Tempos interessantes pela frente!!!" Encontro de Putin e Zelensky O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, esfriou nesta quinta-feira (21) a possibilidade de um encontro entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, e acusou líderes da União Europeia de "tentar sabotar o progresso feito no Alasca", em referência ao encontro entre Putin e Trump. Lavrov questionou a legitimidade de Zelensky para assinar qualquer acordo para finalizar a guerra na Ucrânia, e disse que alguns problemas precisam ser resolvidos antes de uma reunião cara a cara.
O chanceler russo também indicou que o líder ucraniano estaria proibido por um próprio decreto, assinado em 2022, de negociar diretamente com Putin. "Quando o assunto é assinar algo, os problemas relativos à legitimidade do representante ucraniano terão que ser resolvidas", afirmou Lavrov. Lavrov também acusou os líderes da União Europeia de "tentar sabotar o progresso feito no Alasca" e reiterou que o envio de tropas europeias à Ucrânia, discutido por líderes europeus nos últimos dias e que seria implementado após um cessar-fogo no conflito, é considerado inaceitável pela Rússia. O chanceler russo já havia acusado os europeus na quarta-feira de tentar desvirtuar o rumo das negociações por um acordo de paz na Ucrânia ao tentar "mudar a opinião de Trump" sobre a guerra durante um encontro que tiveram na Casa Branca na segunda-feira. "Eles fizeram uma escalada bastante agressiva da situação, tentativas um tanto desajeitadas e, em geral, antiéticas de mudar a posição do governo Trump e do presidente dos Estados Unidos pessoalmente...
Não ouvimos nenhuma ideia construtiva dos europeus presentes", disparou o chanceler russo.
Trump disse na segunda-feira que os EUA ajudariam a garantir a segurança da Ucrânia, ou seja, a garantia de que o país não volte a ser atacado novamente pela Rússia.
Esse ponto foi bastante defendido por líderes como o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.
A fala do chanceler russo indica também um esfriamento, por parte de Moscou, das indicações de que as negociações para um acordo de paz seguirão.
O próprio Lavrov indicou, na terça-feira, que seu país estava aberto a um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e Volodymyr Zelensky.
Nesta quinta, no entanto, além da crítica do chanceler russo aos europeus, o enviado da Rússia para a Organização das Nações Unidas (ONU) Dmitry Polyanskiy afirmou à rede britânica BBC que Moscou não está inclinada a fazer "um encontro apenas por um encontro", sem medidas concretas no horizonte.
Na segunda, Trump ligou para Putin após o encontro na Casa Branca.
O principal assessor Kremlin, Yuri Ushakov, chamou a ligação de Trump de "franca e construtiva", mas tratou o eventual encontro entre Putin e Zelensky como uma "ideia", e falou de forma vaga em "explorar a possibilidade de elevar o nível dos representantes ucranianos e russos nas negociações diretas" entre os dois países. Pressão da Eurpoa Zelensky e líderes europeus, o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se reúnem com Trump Reuters/Alexander Drago Os líderes europeus pressionaram Trump para que um possível acordo que ponha um fim à guerra, iniciada em 2022 com uma invasão russa, tenha robustas garantias de que a Rússia não voltaria a atacar, porque afeta a segurança de todo o continente europeu.
"A segurança da Ucrânia é a segurança da Europa", afirmou o premiê britânico, Keir Starmer. Estiveram presentes na Casa Branca os seguintes líderes europeus: Emmanuel Macron (presidente da França), Keir Starmer (premiê do Reino Unido), Friedrich Merz (chanceler da Alemanha), Ursula von der Leyen (chefe da Comissão Europeia), Mark Rutte (chefe da Otan), Giorgia Meloni (premiê da Itália) e Alexander Stubb (presidente da Finlândia). Macron e Merz fizeram apelos por um cessar-fogo imediato no conflito.
O presidente francês disse a Trump que as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia afetam todo o continente europeu, por isso pediu que líderes europeus sejam incluídos na cúpula tripartite que o líder americano planeja com Putin e Zelensky. Meloni, por sua vez, disse que uma das perguntas mais importantes no momento é "como ter certeza de que isso [invasão russa] não acontecerá novamente, o que é a condição prévia de qualquer tipo de paz". A reunião na Casa Branca ocorreu dias após o encontro de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma base militar no Alasca, que terminou sem acordo para cessar-fogo.
Foi a primeira vez que Putin pisou em solo norte-americano em quase dez anos —algo considerado uma vitória diplomática para o russo, isolado da comunidade internacional desde que invadiu a Ucrânia. Os termos da discussão entre Trump e Putin não foram divulgados, mas especula-se que Moscou apresentou uma proposta de paz que incluiria o fim dos combates em troca do reconhecimento de territórios ocupados da Ucrânia, sobretudo a Crimeia, como pertencentes à Rússia.
Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tiram foto junto com outros líderes europeus na Casa Branca em 18 de agosto de 2025. REUTERS/Alexander Drago Esboço da proposta russa Um rascunho da proposta de Putin para encerrar a guerra começou a circular entre diplomatas, segundo a agência Reuters.
O plano prevê a retirada parcial de tropas russas do norte da Ucrânia, mas exige contrapartidas consideradas inaceitáveis por Kiev: o reconhecimento da anexação da Crimeia, a manutenção do controle do Kremlin sobre grande parte do Donbas, a promessa de que a Ucrânia não se juntará à Otan e o alívio das sanções internacionais contra Moscou. Diplomatas ressaltam que o esboço não é um acordo formal, mas indica a tentativa russa de consolidar ganhos militares e políticos obtidos desde 2022.
Para Zelensky, qualquer concessão desse tipo significaria abrir mão da soberania ucraniana.