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Padilha fala sobre sanções impostas a ele pelos EUA
Alexandre Padilha, ministro da Saúde do governo Lula (PT), criticou o cancelamento do visto de sua mulher e de sua filha, de 10 anos, pelo governo dos Estados Unidos em entrevista ao GloboNews Mais, da GloboNews.
A decisão da gestão Donald Trump foi anunciada nesta sexta-feira (15). "As pessoas que fazem isso e o clã Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar.
Não para mim, não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro: qual o risco de uma criança de 10 anos de idade pode ter para o governo americano? Estou absolutamente indignado com essa atitude covarde", afirmou o ministro. Padilha não foi afetado porque seu visto para os EUA está vencido desde 2024.
Nesta semana, a embaixada norte-americana no Brasil disse que o Programa Mais Médicos, criado por Padilha durante o primeiro governo Dilma Rousseff (2011 a 2014), foi um "golpe diplomático" e que sanções não vão parar.
O comunicado foi anterior à decisão envolvendo a família do ministro.
"Minha filha tem 10 anos e ela sequer tinha nascido quando eu criei o Programa Mais Médicos -- e com muito orgulho.
Criei esse programa em 2013 e, para criar, eu e minha equipe fomos em vários países do mundo para ver o que o mundo fazia para trazer médicos para áreas que não tinham condições", disse o ministro. Segundo Padilha, a ação do governo Donald Trump não tem a ver com médicos cubanos, inseridos no início do Programa Mais Médicos, porque os EUA não sancionaram outros países que continuam a ter parcerias com médicos de Cuba.
O Brasil, de acordo com o ministro, tem 95% de médicos brasileiros atualmente no Mais Médicos. "A maior prova de que [o cancelamento dos vistos] não tem nada a ver com os médicos cubanos é que o governo dos Estados Unidos não está sancionando dezenas de países que continuam fazendo a mesma parceria com médicos cubanos.
Inclusive a Itália, que a primeira-ministra é uma das grandes parceiras internacionais do governo Trump, de extrema direita, e que não abriu mão de ter cem médicos cubanos em uma região, e outras dezenas de países" Infográfico - Brasileiros com vistos americanos revogados pelo governo Trump. Arte/g1 EUA revogaram vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos A família de Padilha foi informada dos cancelamentos nesta manhã por comunicados enviados pelo consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.
Nos comunicados, obtidos pelo blog, o governo americano informa que os vistos foram cancelados porque, após a emissão, "surgiram informações indicando" que a mulher de Padilha e a filha não eram mais elegíveis. Segundo esses documentos, o cancelamento do visto impede a pessoa de entrar nos Estados Unidos.
Caso ela já esteja em solo americano, pode permanecer durante o período de vigência.
O visto é cancelado assim que ela deixa o país. LEIA MAIS Governo Trump cancela visto de secretário do Ministério da Saúde por relação com programa 'Mais Médicos' Mais Médicos: o que é o programa e como foi a participação cubana no projeto EUA suspendem vistos de Moraes, de outros sete ministros do STF e do PGR Anteriormente nesta semana, o Departamento de Estado dos EUA revogou vistos de funcionários do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos.
Foram revogados os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para COP30. EUA cancelam visto da filha e da mulher de Alexandre Padilha O anúncio das sanções foi acompanhado de uma postagem da embaixada americana em Brasília, atribuída à Agência para as Relações com o Hemisfério Ocidental.
No texto, o Programa Mais Médicos é descrito como "um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas [sigla da Organização Panamericana da Saúde]". Após o anúncio, Padilha defendeu o Mais Médicos e disse que o programa “sobreviverá a ataques injustificáveis de quem quer que seja”.
Segundo ele, “o programa salva-vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira”. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista no Bom Dia Pernambuco Reprodução/TV Globo