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DEPOIMENTO
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O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), em sessão do dia 20 de dezembro de 2024
Roque de Sá/Agência Senado
O líder do governo Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quarta-feira (20) que o "time" governista entrou "com salto alto" e, por isso, foi derrotado pela oposição na eleição para a presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
Mais cedo, nesta quarta, uma articulação de parlamentares elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para chefiar os trabalhos da comissão que vai apurar descontos indevidos em benefícios pagos pela Previdência Social.
Carlos Viana recebeu 17 votos contra 14 do senador Omar Aziz (PSD-AM), que era apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e por governistas.
Uma vez eleito, Viana designou o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), que é alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, para ser o relator do colegiado.
"O time entrou com salto alto, subestimou o adversário, e o adversário teve capacidade de se articular, exerceu maioria e elegeu presidente", afirmou Randolfe. O líder do governo disse ainda que a base de Lula esperava que a escolha de Alcolumbre, que queria ter Omar Aziz na presidência do colegiado, "seria respeitada". Durante discurso no Senado, Randolfe também assumiu a responsabilidade pela derrota na CPI mista.
"Não procurem terceiros para responsabilizar.
A culpa foi minha", declarou.
Apesar da derrota na eleição para o comando da CPMI, Randolfe disse estar otimista de que o governo vai conseguir frear a oposição no colegiado.
Governistas faltaram à votação Oposição derrota governistas e elege presidente da CPI mista do INSS A sessão de instalação da CPI mista contou com a presença de 31 parlamentares. "Até hoje, às 10h59, o governo fazia a conta da maioria.
Nós da base da liderança do governo não tinhamos a informação precisa da ausência do deputado Rafael [Brito (MDB-AL)], que estava em viagem ao exterior, e sobre a efermidade que está o deputado do PDT [Mário Heringer (PDT-MG)]", confessou o líder do governo. Assim, esses os dois parlamentares da base foram substituídos por dois suplentes do Partido Liberal (PL), que acabaram virando o jogo.
Se os dois ausentes estivessem presentes para votar, o governo poderia ter vencido a votação por 16 votos a 15. Randolfe ainda questionou a lógica da suplência nas CPMIs, em que o titular ausente é substituído pelo primeiro suplente inscrito e não por um correligionário.
Mas disse que não contestará a formalidade do rito. Frente mais forte Para reverter a situação, o líder do governo afirmou que eles vão "aceitar a distorção da verdade" sobre os desvios que aconteceram na aposentadoria de milhões de idosos no país. "O governo quer que a CPI funcione, o governo não vai ser chantageado pela oposição na CPI.
A gente quer que a CPI funcione, mas não aceitaremos que pautas artificiais sejam impostas e que a verdade seja distorcida.
Nós vamos tentar restaurar e reorganizar a base de apoio ao governo para os próximos passos", afirmou. Para isso, durante reunião com a ministra das relações institucionais Gleisi Hoffmann, ficou definido que o deputado federal e ex-ministro Paulo Pimenta (PT-SP) será coordenador da base do governo na comissão. "O deputado Paulo Pimenta vai ficar com essa tarefa, com o nosso acompanhamento, com o nosso assessoramento, de consultar a cada um dos membros da CPI sob sua disposição de vontade de atuar, como atuar em atuar e em que instantes atuar", afirmou o líder. Entrega de cargo Randolfe ainda afirmou que "colocou à disposição" o cargo de líder do governo no Congresso Nacional, após a derrota sofrida nesta quarta-feira (20). "Eu comuniquei isso [a responsabilidade da derrota] à ministra Gleisi, comuniquei isso ao presidente da República.
Me coloquei à disposição dos melhores encaminhamentos que a política do governo quiser, que o presidente da República quiser estou à disposição", afirmou. Rodrigues ainda ponderou que o cargo "não é dele" e que, por isso, o presidente poderia fazer o que quiser com a vaga, mas que a decisão seria respeitada. "O cargo que eu exerço, que eu ocupo, não pertence a mim, pertence ao presidente da República.
Todos os dias que eu exerço esse cargo eu procuro servir ao cargo e esse cargo sempre estará à disposição", concluiu.