Vai morar ou já mora sozinho? Com Santa Conexão - Você nunca está Sozinho!
DEPOIMENTO
DEPOIMENTO
Trajeto da nova ciclofaixa de Juiz de Fora
Google Maps/Reprodução
Nesta terça-feira (19), Dia Nacional do Ciclista, a Prefeitura de Juiz de Fora anunciou a construção da maior ciclofaixa do município.
A nova estrutura terá 4,5 quilômetros de extensão e será implantada na região do Bairro Linhares.
A ciclofaixa, que é um espaço demarcado na pista de rolamento por pintura, vai ligar as ruas Vitorino Braga e Monsenhor Hernani de Oliveira às ruas Diva Garcia e João Henrique Vila Real.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp De acordo com a Prefeitura, as obras devem começar nas próximas semanas.
No entanto, a data de início e a previsão de conclusão ainda não foram informadas.
O projeto foi elaborado com a participação de moradores e associações de ciclistas, e procura ampliar os espaços destinados à mobilidade ativa e ao lazer na cidade.
Mais de 30 acidentes nos últimos meses A iniciativa chega em um momento de alerta: só nos últimos seis meses, 32 acidentes envolvendo ciclistas foram registrados em Juiz de Fora, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
O número já se aproxima do total de 66 ocorrências contabilizadas em todo o ano de 2024.
As vias com mais acidentes desde 2015 na cidade, conforme o balanço, são: Av.
Presidente Juscelino Kubitschek (JK) – 71 registros Av.
Barão do Rio Branco – 62 Av.
Brasil (margem direita) – 38 Av.
Presidente Itamar Franco – 22 Av.
Brasil (margem esquerda) – 21 Rua Ibitiguaia - 20 Av.
Juiz de Fora - 19 Rua Diva Garcia – 19 A Rua Diva Garcia, inclusive, está na rota da nova ciclofaixa. 32 acidentes envolvendo ciclistas foram registrados em Juiz de Fora este ano TV Integração/Reprodução Desafios persistem para quem pedala Nos últimos anos, Juiz de Fora tem realizado investimentos pontuais na infraestrutura voltada ao ciclismo.
Em 2024, foi inaugurada a ciclofaixa da Via São Pedro, com três quilômetros de extensão.
No mesmo ano, a cidade também passou a contar com a Área de Proteção ao Ciclista de Competição, instalada no trecho recreativo da BR-040. Apesar desses avanços, pedalar pelas ruas do município ainda é um desafio diário.
A falta de estrutura contínua, a sinalização precária e o desrespeito de parte dos motoristas aumentam os riscos para quem escolhe a bicicleta como meio de transporte. Em janeiro, a professora Juliana Silva adotou a bicicleta como meio de transporte para se deslocar até os locais onde trabalha na cidade.
Ela sai todos os dias do Bairro Alto dos Passos e passa por toda a região Central, além dos bairros da Zona Norte.
“Tento usar a sinalização com o braço para fazer travessia, mudança de faixa.
Mas até mesmo os motoristas não entendem o que estou fazendo.
Muitos buzinam, acham que estou errada.
É complicado", contou. Juliana Silva relata desafios como a falta de estrutura contínua, sinalização precária e o desrespeito de parte dos motoristas TV Integração/Reprodução À TV Integração, Juliana também contou que enfrenta situações de perigo ao dividir o espaço com ônibus: “Eles passam tirando um fino da gente.
É perigoso competir com veículos grandes que têm muitos pontos cegos”, disse.
O personal trainer William Ferreira dos Santos, ciclista há quase uma década, reforça a sensação de insegurança.
Ele já se envolveu em acidentes e relata que, mesmo com cuidado, faltam estrutura e atenção por parte dos motoristas.
“Fecham a gente nos cantos.
Quando o carro para, já vão abrindo a porta de uma vez.
Uma vez bati na porta, arranquei ela e machuquei o braço.
É falta de atenção”, conta William, que já morou fora do país e viu como a infraestrutura era melhor para garantir a segurança dos ciclistas.
Projetos ainda parados e sinalização ruim A discussão sobre a infraestrutura para bicicletas não é nova.
Em 2016, após a morte de um ciclista, foram implantadas as primeiras ciclorrotas — vias compartilhadas com veículos motorizados, indicadas por sinalização, mas sem divisão — em algumas avenidas de Juiz de Fora.
Dois anos depois, o projeto foi ampliado, mas pouco avançou desde então.
Em 2021, voltou-se a discutir a criação de ciclovias estruturadas, e, em 2025, foi sancionada a lei que autoriza um financiamento de R$ 660 milhões junto ao BNDES, sendo R$ 150 milhões destinados à ciclovia que ligará a Barreira do Triunfo à Vila Furtado de Menezes, ao longo do Rio Paraibuna.
No entanto, as obras ainda não começaram. Enquanto isso, os problemas na sinalização continuam evidentes.
Na Avenida Rio Branco, a ciclorrota está praticamente apagada.
O mesmo ocorre com o "bike box" — espaço à frente dos carros nos semáforos, que deveria garantir mais segurança aos ciclistas —, mas que hoje está invisível em muitos pontos.
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana, informou que realiza constantemente trabalhos de revitalização da sinalização cicloviária em diversos pontos da cidade.
“A sinalização horizontal, incluindo faixas e bike boxes, está sendo gradualmente requalificada, de acordo com cronograma técnico.
A demanda da Avenida Rio Branco, nas proximidades do Parque Halfeld, já foi registrada para atendimento”, acrescenta.
Sobre a ciclovia que ligará a Barreira do Triunfo à Vila Furtado de Menezes, a Prefeitura destacou que está em tratativas constantes com o BNDES para acelerar os trâmites de licitação da obra de requalificação das margens do Rio Paraibuna.
A expectativa é que os trabalhos tenham início ainda no segundo semestre de 2025. Nova ciclo-faixa é anunciada para ciclistas em Juiz de Fora *estagiária sob supervisão de Carol Delgado. VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes