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EUA enviam navios de guerra para a costa da Venezuela
Os Estados Unidos enviaram um esquadrão anfíbio com três navios para o sul do Caribe, na costa da Venezuela, para se somar aos três destróieres já despachados à região, disseram à agência de notícias Reuters dois oficiais americanos na noite de quarta-feira (20).
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Segundo o governo do presidente Donald Trump, o envio desses navios de guerra tem o objetivo de enfrentar ameaças de cartéis de drogas latino-americanos.
Nesta semana, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o país vai usar "toda a força" contra o regime de Nicolás Maduro. Maduro, por sua vez, disse na quarta-feira que "os EUA se acham donos do mundo" e chamou a mobilização militar de agressão imperialista.
Para ele, Trump usa as operações contra o tráfico de drogas como pretexto para intervir na Venezuela. Segundo os oficiais ouvidos pela Reuters, que falaram sob condição de anonimato, o USS San Antonio, o USS Iowa Jima e o USS Fort Lauderdale podem chegar à costa da Venezuela já no domingo (24).
Os navios transportam 4.500 militares, incluindo 2.200 fuzileiros navais, disseram as fontes. O Departamento de Defesa dos EUA confirmou nesta segunda-feira o envio do esquadrão anfíbio, que teria ocorrido no dia 14, e disse se tratar de "um deslocamento programado".
No entanto, a pasta não disse para onde os navios foram despachados. Navio anfíbio USS Iwo Jima, integrante do grupo de combate Iwo Jima da Marinha dos Estados Unidos. Logan Goins/Marinha dos Estados Unidos Navio anfíbio USS Fort Lauderdale, integrante do grupo de combate Iwo Jima da Marinha dos Estados Unidos. Tenente-general Regina Gulli/Marinha dos Estados Unidos Navio anfíbio USS San Antonio, integrante do grupo de combate Iwo Jima da Marinha dos Estados Unidos. Sargento Nathan Mitchell/Marinha dos Estados Unidos As fontes da Reuters se recusaram a detalhar a missão específica do esquadrão, mas disseram que os recentes deslocamentos têm como objetivo enfrentar ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de “organizações narco-terroristas” especialmente designadas na região. Trump fez do combate aos cartéis de drogas uma meta central de sua administração, como parte de um esforço mais amplo para limitar a migração e reforçar a segurança na fronteira sul dos EUA. Em fevereiro, o governo Trump classificou o Cartel de Sinaloa, do México, e outros grupos de narcotráfico, assim como a organização criminosa venezuelana Tren de Aragua, como organizações terroristas globais, no momento em que Trump intensificava a repressão à imigração contra supostos membros de gangues. Maduro também foi formalmente acusado durante o primeiro mandato de Donald Trump por tráfico. Escalada de tensões EUA x Venezuela Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, líder do chavismo na Venezuela Kevin Lamarque e Manaure Quintero/Reuters Estados Unidos e Venezuela enfrentam nas últimas semanas uma escalada de tensões que envolve combate ao narcotráfico, navios de guerra com promessa de "força total", e mobilização de milhões de milicianos. Maduro anunciou na segunda-feira (19) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de "ameaças" dos Estados Unidos. ➡️ A Milícia Bolivariana é composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais.
Ela foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez e tornou-se posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
O grupo atua como um apoio ao Exército na "defesa da nação". "Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas" perante "a renovação das ameaças" disse Maduro.
"A paz, a tranquilidade e a soberania serão protegidas.
(...) Nenhum império tocará a terra sagrada da Venezuela, nenhum império no mundo pode tocar a terra sagrada da América do Sul", acrescentou. O anúncio ocorreu horas após os EUA terem enviado três navios de guerra para a costa da Venezuela para combater o narcotráfico na região, segundo agências de notícias internacionais.
A ação também serve para aplicar mais pressão sobre Maduro, que teve a recompensa por sua captura dobrada para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) pelo governo Trump. A presença dos navios, no entanto, tem efeito dissuasório visando o tráfego marítimo ligado ao narcotráfico na região, e um ataque direto em solo venezuelano seria improvável, porque seria algo mais grave e complexo em termos políticos, segundo o professor de Relações Internacionais da UFF e pesquisador de Harvard Vitelio Brustolin. "O que os EUA estão fazendo é emitir um sinal de força e um meio de coerção com capacidade para ataques pontuais, se autorizados, e não uma arquitetura completa de mudança de regime.
As ações dos últimos dias ampliam a capacidade de interdição e de ataques de precisão e são ferramentas de pressão, mas não equivalem a uma ordem pública para derrubar o governo da Venezuela", afirmou Brustolin ao g1. Brustolin disse ainda que Maduro usa a investida dos EUA para unir a população em torno de uma causa, e que a convocação dos milicianos serve para elevar custos políticos de qualquer ação americana e reforçar prontidão interna na Venezuela. Segundo Maduro, seu plano envolve a mobilização de milícias camponesas e operárias "em todas as fábricas e locais de trabalho do país" e o fornecimento de "mísseis e rifles para a classe trabalhadora, a fim de defender nossa pátria". Vídeos em alta g1