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Morte de influenciador em live: o que é a Kick, rede social que abrigou transmissão
O Ministério Público de Nice, no sul da França, abriu um inquérito para investigar a causa da morte do influenciador Raphaël Graven, de 46 anos, durante uma transmissão ao vivo na madrugada de segunda-feira (18).
Conhecido como “Jean Pormanove” e “JP”, o streamer participava de vídeos em que aparecia sendo submetido a violência e outras humilhações, principalmente por dois homens que eram seus parceiros de conteúdo, conhecidos pelos pseudônimos “Narutovie” e “Safine”.
O vídeo da morte, transmitido ao vivo na plataforma Kick, foi amplamente compartilhado na rede social.
📱 Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Segundo usuários, as imagens mostram o momento imediatamente anterior à morte de Graven, ou anterior à descoberta de que ele estava morto. No vídeo, o influenciador aparece inconsciente sob um edredom numa cama.
Na sequência, é possível ver dois outros homens.
Em um determinado momento, um deles atira uma pequena garrafa de plástico na direção de Graven. Influenciador Jean Pormanove, que morreu durante uma transmissão ao vivo na França X/@JeanPormanove O Ministério Público declarou que a morte de um homem ocorreu "em um espaço alugado para sessões ao vivo de videogame". As investigações miram detalhes do caso, como uma possível “violência coletiva intencional contra pessoas vulneráveis" e a divulgação de imagens relacionadas à prática de "crimes de ofensa intencional à integridade pessoal”, segundo o MP.
Milhares de pessoas teriam assistido a estes vídeos na plataforma australiana de transmissão ao vivo Kick, que adota regras de moderação flexíveis. A conta de Jean Pormanove na rede tinha mais de 500 mil inscritos. LEIA TAMBÉM: Morte do influenciador: O que é a Kick, plataforma que abrigou transmissão Roblox fica sob pressão após acusações sobre predadores sexuais infantis 'Minha novinha': governo pede para Meta excluir robôs que promovem erotização infantil Monetização, exploração de menores e pedofilia: entenda denúncias feitas por Felca Responsabilidade das plataformas A ministra-delegada para Inteligência Artificial e Tecnologia Digital da França, Clara Chappaz, denunciou a morte como “um horror absoluto” e disse que apresentou denúncia ao Pharos, o serviço de combate à violência online.
Influenciador Jean Pormanove, que morreu durante uma transmissão ao vivo na França X/@JeanPormanove “Também entrei em contato com os responsáveis pela plataforma para obter explicações.
A responsabilidade das plataformas digitais pela disseminação de conteúdo ilegal não é opcional; é lei”, afirmou. A plataforma Kick se limitou a responder que não forneceria informações devido à política de privacidade.
Em seus termos de uso, o serviço digital enfatiza que “embora a violência possa ser contextual e ter consequências variáveis, proibimos qualquer conteúdo que retrate ou incite violência hedionda”. Abusos O streamer Jean Pormanove já havia sido alvo de uma controvérsia no canal “Le Lokal”, na plataforma Kick. Em dezembro de 2024, o site francês Médiapart publicou um artigo investigativo apontando que influenciadores eram responsáveis por um verdadeiro “negócio de abuso online”. Na reportagem, “Safine” e “Narutovie” eram apresentados como criminosos digitais, enquanto “Jean Pormanove” e “Coudoux”, uma pessoa com deficiência, eram as vítimas.
Os dois sofriam zombarias, além de receberem jatos de água e tinta, tapas, estrangulamentos, entre outros abusos.
O conteúdo aparecia nas telas de inúmeros fãs do canal e permitia que seus criadores monetizassem as transmissões.
Outros formatos de conteúdo online que envolviam as quatro pessoas, como “Números e Analfabetos” ou “Pergunta para um Mongol”, visavam zombar das capacidades mentais de seus participantes.